"Neste momento estamos a trabalhar a Lei do Cinema e do Audiovisual que vai ser um catalisador para o desenvolvimento deste sector, que no momento conta com cerca de 30 produtoras nacionais a trabalharem no país e no estrangeiro", essas considerações foram feitas pelo Ministro da Cultura, Abraão Vicente,durante a “Conversa aberta sobre o setor audiovisual em Cabo Verde”, que aconteceu esta semana, no átrio do Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Praia.
Desde a entrada do novo Governo que o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas tem realizado um conjunto de acções para o desenvolvimento e empoderamento do sector audiovisual em Cabo Verde.
Segundo o MCIC, o investimento no Prémio Nacional de Publicidade, o financiamento da realização do filme “Os dois irmãos”, que teve como um dos propósitos a valorização dos atores, técnicos, história e autor cabo-verdianos, bem como o cenário e paisagem nacional, a incubação de duas empresas de produção audiovisual no Palácio da Cultura Ildo Lobo e ainda o financiamento dos festivais de cinema do país, nomeadamente Plateau (Santiago), Cabo Verde International Film Festival (Sal) e Oiá (São Vicente) foram algumas dessas acções realizadas.
"Neste momento estamos a trabalhar a Lei do Cinema e do Audiovisual que vai ser um catalisador para o desenvolvimento deste sector, que no momento conta com cerca de 30 produtoras nacionais a trabalharem no país e no estrangeiro.Esses são os pontos de ignição. Quando pedimos a cópia da proposta da Lei do Cinema e do Audiovisual quisemos acrescentar uma outra vertente que inclui o financiamento e incentivos fiscais para tornar Cabo Verde como um cenário propenso, não só em termos de maravilhas e paisagem, mas também, a partir da renuncia fiscal pode-se conseguir que o país se transforme num sítio atractivo para que as grandes produções possam escolher Cabo Verde para as filmagens”, afirma Abraão Vicente.
Cabo Verde pode ser ainda um centro de produção e venda de conteúdos, tanto a nível nacional como internacional. Essa deve ser uma das apostas das várias produtoras cabo-verdianas que têm feito várias produções, como documentários, publicidades, curtas e longas metragens, a partir de histórias locais.
Segundo ainda o MCIC, a qualidade das produções aliada a boas histórias, equipas empenhadas e ainda a venda de conteúdos são os alicerces para alavancar o sector do audiovisual no país. E a criação de uma cooperativa dos produtores nacionais pode ser também, segundo a mesma fonte, uma mais valia para que este sector consiga uma pujança e alcance, da melhor forma possível, o mercado – nacional e internacional.
Todas essas considerações foram feitas durante a “Conversa aberta sobre o setor audiovisual em Cabo Verde”, que aconteceu na última terça-feira, no átrio do Palácio da Cultura Ildo Lobo, na cidade da Praia.